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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Saiba quando pega mal indicar amigo para vaga de emprego


Indicação errada pode colocar credibilidade em jogo dentro da empresa. Recomendação deve ser feita com profissionalismo, dizem especialistas.
Especialistas de recursos humanos dizem que só se deve indicar um amigo para uma vaga de emprego na empresa onde se trabalha se houver certeza de que o candidato tem perfil para a vaga. Caso contrário, o funcionário pode colocar a própria credibilidade em jogo.
Flávia Sampaio, coordenadora de RH da S&L, a pessoa só deve indicar o amigo se tiver certeza que ele tem o perfil comportamental para a vaga e os valores que a empresa exige do funcionário. “A indicação tem que ser feita com responsabilidade e profissionalismo, e não apenas porque o amigo precisa do emprego”, diz.
Ela diz que algumas empresas têm programas de incentivo para quem indica pessoas para as vagas. “É uma forma até de testar. As empresas querem que os funcionários tenham responsabilidade na indicação.”
A consultora ressalva que se a vaga é para um cargo de liderança, por exemplo, nunca se deve indicar quem teve problemas para comandar uma equipe.
E quem indicou não deve interferir na escolha nem ficar perguntando sobre o desempenho na seleção ou se o amigo será escolhido para a vaga.
E, quando for feita a indicação para a vaga, o funcionário deve dizer que conhece o senso de comprometimento e a forma de se relacionar do amigo, mas que não pode assegurar que ele irá atender a todos os requisitos.
“O funcionário precisa pensar que está indicando o amigo para ser avaliado, não para ser aprovado ou reprovado. A responsabilidade da escolha é do RH e do gestor”.
Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum, empresa de recrutamento e recolocação, alerta que a indicação de alguém sem perfil para a vaga pode comprometer a credibilidade do funcionário.
“Os chefes podem pensar que, se a pessoa não tem noção para indicar alguém para uma vaga, também não terá noção para outras coisas.”
Para ele, a indicação tem que ser cautelosa e criteriosa. “Quem indica pode fazê-lo com ressalvas, apontando que não conhece completamente a pessoa.”
Marcia Vespa, diretora de educação corporativa da Leme Consultoria, diz que quando alguém indica o amigo o nome de quem recomendou vai junto com a indicação. “Qualquer frustração que venha a ocorrer estará associada a quem indicou”. Segundo ela, “a pessoa que indica está sendo analisada também”.
Marcia diz que antes de fazer uma recomendação o funcionário tem de entender o que a empresa busca e as chances de êxito da indicação antes que o amigo seja colocado frente a frente com o selecionador. “Porque, se dá errado, acaba expondo o amigo à frustração”.
“Mas, se você acredita na integridade e competência da pessoa, fecha os olhos e indica”, afirma.
Autor: G1.com

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